Shalom!
Farei uma sequência de posts agora sobre o relacionamento de nós judeus com relação aos não-judeus em países onde nós somos uma minoria – como é o caso do Brasil. Em outras palavras, vou falar sobre o relacionamento de nós judeus com relação aos não-judeus brasileiros – sejam cristãos, ateus, qualquer tipo.
O Talmude, o nosso principal livro sagrado, que guia as nossas ações no dia a dia e a nossa interação entre nós judeus e também com relação aos não-judeus, é explicitamente claro e metódico quanto a isso tudo. Não deixe dúvidas. É um livro perfeito, escrito por homens perfeitos – os nossos rabinos abençoados – e voltado para o povo perfeito, o povo judeu, escolhidos por Deus na Terra.
Agora vou enumerar algumas questões do nosso relacionamento diário com os não-judeus brasileiros que eu tenho certeza que a maioria dos brasileiros não faz nenhuma ideia sobre. Não fica tão aparente, mas é interessante saber, porque existe um esforço da nossa parte muito grande em conviver entre não-judeus sem pecar com relação ao nosso Criador. Vamos ao primeiro caso:
(1) Presentes. O Talmude nos proíbe de presentar algum não-judeu. Nem de aniversário, nem de parabéns por nada. Não, nós judeus não podemos dar presentes a não-judeus. Nosso livro nos instrui a evitar isso ao máximo, para não demonstrar fraqueza. Mas vocês sabiam que existe uma situação na qual nós podemos presentar não-judeus? É quando o presente não é um presente em si, mas sim um investimento. Em outras palavras, é quando o presente de alguma forma servirá para comprar a lealdade de algum não-judeu que seja importante para o fortalecimento da comunidade judaica. A regra é essa, e é muito clara. Mas existe outra exceção também: se um presente for esperado de você, e você não dar um presente irá causar incômodo e questionamentos sobre a comunidade judaica, nesse caso também é permitido presentear algum não-judeu mesmo que ele não seja uma pessoa que fortaleça a nossa comunidade. Interessante, não é? Nós vivemos com esse dilema diariamente. Eu mesmo tive o azar de estudar em um colégio de não-judeus quando adolescente. Era um estrese enorme, porque quando tinha aniversário de algum colega de sala era esperado que eu falasse parabéns ou que eu desse algum presente... e eu não posso fazer isso. Muitas vezes acabei dando parabéns e presentes, infelizmente. Mas essa fase passou, e me fortaleci com o Talmude para seguir firme a diante.

Shalom (שָׁלוֹם). Meu nome é David Katz, sou um judeu asquenaze brasileiro com dupla-nacionalidade israelense e brasileira. Amo Israel. Amo o Brasil. O que proponho neste website não é coisa simples: escrever sobre acontecimentos do dia-a-dia dos judeus brasileiros para o povo brasileiro não judeu, a fim de aproximar os mesmos do círculo judaico e lhes demonstrar todo o valor da cultura judaica para o Brasil.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Judeus e Não-Judeus: (1) Presentes
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